
Vivemos em uma época marcada pela busca por soluções rápidas e resultados imediatos, e o sofrimento psíquico, muitas vezes, passa a ser tratado como algo que deve ser resolvido com a mesma pressa. Técnicas que prometem “resolver tudo” em uma única sessão, eliminar traumas ou “reprogramar” emoções têm ganhado visibilidade. Mas que riscos essas propostas carregam?
Na clínica psicanalítica, especialmente sob a perspectiva winnicottiana, compreendemos que o sofrimento não deve ser suprimido, pois está enraizado em experiências que pedem escuta e elaboração. Ele carrega sentido e compõe a trajetória singular de cada sujeito. Reduzi-lo a um obstáculo a ser “removido”, é desconsiderar a complexidade e a profundidade da experiência humana.
Cada pessoa é única. Por isso, o processo psicoterapêutico não é padronizado, nem instantâneo. Exige tempo, continuidade e, sobretudo, uma relação de confiança que possibilite a elaboração do sofrimento. É na escuta, na presença constante e no vínculo construído ao longo do tempo que algo pode, de fato, se transformar; não como um resultado rápido, mas como um processo de amadurecimento emocional.
Cuidar da saúde mental é um percurso, não um atalho. Diante de soluções fáceis ou resultados garantidos, vale sempre perguntar: a quem essa promessa serve? E o que ela pode estar desconsiderando da sua história?
Lembre-se: Procure sempre profissionais qualificados, éticos e comprometidos com o respeito à singularidade de cada sujeito. Sua saúde mental merece esse cuidado.
Gostou deste artigo? Compartilhe com seus amigos e familiares!
Palavras-chave: psicologia, ética, saúde mental, terapia, escuta, cuidadosempressa